sexta-feira, 6 de maio de 2011

Mamãe

Foste gerada a gerar,
Amada a sempre amar.
Conquistaste brasões imensos,
Ocultos nos anais dos tempos.

Marchas de verazes angústias,
Ornadas de brisas e árias.
Nunca muito bem entendida,
Mas eternamente querida.

Ouvida por quem na distância,
Grita como doce felina.
Em meiga e audaz corrida,
Doma o mal, cinge a ferida.

O amor tornou-te encardida,
Alento de vida bendita.
Esperas calada um beijo,
Mas olvido gera desleixo.

Mãe, prezado abraço afável,
Qual ave de pena flexível,
Que esconde a cria e protege,
Que acode e protesta rompante.

Em mim vive seu puro sangue,
Em veia de ti germinada.
Corre fora, corre alegre,
Assim que o cordão se desliga.

Vives em um, dois, três, em vários...
Homens e mulheres tão vivos,
Que ascendem seguros à fama,
Em raça de mãe pelicana.