quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

AMAR A TODOS OS QUE ADVÊM



Amar a todos os que advêm

Também os de além

Com veias e artérias

De um coração em brasa



Seja ele um malfeitor

Que me houvesse odiado

Seja um tal benfeitor

Que me houvesse curado



Mais amor darei

Aos que amor me têm

Por eles rezarei

Por me quererem bem



Mas a todos amarei

Sem exceção de alguém

Pois feliz quererei

Daqui e de mais além



Para isso nasci

Tal é o meu viver

Para isso desperto

Para isso descanso



É certo não poder dizer

Malgrado esse meu querer

Que são muitos a recolher

A ágape do meu saber



Se há sentimento e medo

Limites de espaço e tempo

Interpondo-se a tal desejo

De dar o que tanto almejo



Mas se há quem dele ansiar

Algo em extremo saciar

Abro os braços e o olhar

Para nele esse adentrar



Eis o ar que respira

Minha alma singela

Fazer a vida bela

Aos que vêm a ela



Só o Senhor testemunha

Do que levo no peito

Meu feitor e minha vida

Que sonda meu abismo