quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Peregrino

PEREGRINO
Estou à Tua procura, não sei o teu nome!
Superas, abarcas, transcendes e compreendes todo nome.
Não consigo Te apalpar com minhas débeis mãos.
Mas sinto que És a minha Rocha!
Não posso Te entender com raciocínios analíticos ou empíricos.
Nem o microscópio, nem o telescópio Te captam.
És o Deus da minha Fé!
Só quando me ajoelho Te entendo.
Prostrando meu rosto ao chão Te abarco.
Calem-se a boca e a mente.
Está é a hora do coração, meu Deus!
Abro-me a Ti, eterno Amor, imensa Vida.
Sol verdadeiro que me ilumina e acalenta.
Jamais desistirei de Te buscar.
Quero ver a Tua face, Senhor!
Mesmo que chegue à porta e o sonho se desvaneça.
Mesmo em meio aos teus silêncios e ausências.
Mesmo que me dês somente o aperitivo,
E me deixes sem o banquete.
Continuarei clamando por Ti.
Penetrarei com destemor na penumbra do infinito.
Seguirei Tuas pegadas invisíveis, mas seguras.
Tocarei nos Teus vestígios.
Nas estrelas, nos mares, nos rios, nos pássaros, nas crianças.
Nas flores, nas montanhas, nas nuvens, no fogo.
E todos me dirão mais uma vez: “por Ele fomos feitos”.
“Mas não somos Aquele que almejas”.
Quando verei Tua face enlevada, Senhor?
Meu coração está sedento de Ti,
Tem saudades de Ti.
Nunca Te abracei,
Mas meus braços ardem em cobiças de Ti.
Nunca Te beijei,
Mas meus lábios inflamam-se em anseios de Ti.
Meus pés só descansarão no Teu Reino.
Meu destino é persistir andando.
Minha meta é prosseguir nadando.
Até o dia em que não precisarei mais da Fé,
Nem da Esperança.
Porque terei chegado ao Oceano do Amor.
Então não mais chorarei: rirei eternamente.
Pois contemplarei Tua sagrada e linda Face.
Clamo e reclamo por Ti: meu Deus vivo!
Afirmo e confirmo: Tu és a minha Casa,
Tu és a minha Família,
Tu és o meu abrigo seguro.
Necessito de Ti.
E enquanto não Te vejo,
Nem de apalpo, nem Te beijo,
Dobro meu joelhos,
Fecho os meus olhos
Encerro meu canto de súplica.
E entrego-me a Ti,
Creio em ti, espero em Ti. Amém!

(Antonio Ferreira 8.2013)

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